domingo, 22 de maio de 2011

Efeito santo libertino.

Parte IV -  Enfim, sepultado.

A psicose fez-me um lúgubre verme.
Tornou-me um modesto inerme.
Penso na morte
Nela sou forte.

Minha física paralisia.
Provocou-me uma imensa anomalia
Não vejo, não ouço.
Liberto um longo suspiro.

Algo entra em minha alma.
É a santa Morte que me invade.
A Glória de minha existência é abalada.
E meu corpo segue em outra estrada.

O anjo mal desfecha o meu viver.
Levando-me para o purgatório
Que será meu próximo dormitório.
E o antigo vigário agora é um santo diabo.

Oh, vida amaldiçoada.
Oh, pérfida quimera.
Agora, vivo com a Morte.
Nela não sou mais forte.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Efeito santo libertino.

Parte III - Uma páscoa para o Inferno.

A aurora da tarde voltara a ser solitário
Servindo de lamentações de um ordinário.
Aquele amaldiçoado veria o seu destino.
O ódio e o obscuro tornaram-me um insano.

Aparentava Marte e Afrodite.
E eu sem me deslocar por artrite.
O amigo padre vivia a visitando.
E também a vangloriando.

O clérigo me causava ciúmes.
De um sorriso com tinido de azedume.
Os encontros às escondidas causavam-me decepção.
As capelas registravam minha profunda desilusão.

A moça que eu amara.
Tornara-se uma freira.
O castigo, ela conhecera.
E seu padre amigo falecera.