sábado, 1 de janeiro de 2011

Linda moça cigana.

Linda moça cigana.
De uma pele grossa e rugosa,
Dos cabelos mais duros que vimos,
Dos gases mais fedorentos que sentimos.

Linda moça cigana.
Que sofria de cólera,
Vivia mijando na cama
E em casa ficava se lamentando.

Linda moça cigana.
Um marido apenas queria
E conseguiu o que tanto pedia.
Através de um banho Maria.

Linda moça cigana.
Foi um crioulo banguelo.
Extremamente tagarela.
Que bateu em sua janela.

Linda moça cigana.
Que de tantas janelas.
Não ficava com a boca aberta.
Com medo da verdade sincera.

Linda moça cigana.
Tivera uma mulatinha
Que de tão pretinha
Não se sujava com nada.

A mocinha cresceu.
A pobre mãe faleceu.
E o pai também morreu.
E ela? Alguém a esqueceu?

A negrinha já era moça.
Nômade como uma cigana.
Linda? Na alma apenas.
Linda moça cigana.

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